A pouca experiência da classe empresarial aliada a algumas barreiras na infraestrutura logística, em todo o Norte do País, se configura como entrave para o fomento das exportações em Rondônia. O potencial exportador do Estado foi destacado nessa sexta-feira pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, que esteve em Porto Velho em um encontro promovido pela Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero) com o empresariado local, e apresentou um balanço da evolução das exportações do Estado.
De janeiro a julho deste ano, Rondônia registrou crescimento nas exportações de vários itens. No topo do ranking de exportações estão carne bovina, soja em grão e estanho em bruto. Somente esses três produtos movimentaram mais de US$ 200 milhões no Estado, nesses seis meses. Os principais mercados de destino são Líbano, Hong Kong, Líbia, Porto Rico, Colômbia, Argélia e alguns países latinoamericanos. Ainda que a carne seja responsável pela maior fatia de exportações, o crescimento mais significativo em relação ao ano passado foi do estanho, chegando a 741%. Outro produto que chama atenção é a carne de frango congelada, que passou a ser exportada neste ano para o mercado boliviano.
Para a secretária de Comércio Exterior, os números são positivos, mas Rondônia ainda encontra muitas oportunidades a ser exploradas. “Rondônia vive um momento econômico muito importante e estamos convencidos de que o comércio exterior precisa ter um destaque devido”, defende. Durante a Feira Internacional da Indústria, que acontecerá de 14 a 17 de setembro, uma gama de atendimento de serviços do ministério será oferecida ao empresariado local através do Encontro de Comércio Exterior (Encomex).
Durante o evento, os empresário terão acesso a palestras e atendimentos individuais para esclarecer sobre as articulações para o desenvolvimento da exportação. “Estamos no centro da América do Sul. O que precisa é a classe empresarial compreender essa nova dimensão do mundo globalizado e se interessar em abrir novos horizontes”, explicou o presidente da Fiero, Dênis Baú.
Logística é uma questão de tempo
A infraestrutura logística é um dos entraves para o desenvolvimento em toda a região Norte. Um estudo detalhado de todas as obras necessárias para garantir fluidez no escoamento da produção no Norte do País foi realizado a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O conjunto de soluções é denominado Norte Competitivo e tem por objetivo garantir 42 rotas de escoamento da produção com a interligação de vários modais. Em Rondônia, a falta de uma ponte sobre o rio Abunã se destaca como uma das medidas prioritárias.
Para Tatiana Prazeres, o cenário vem melhorando. “Falta muito pouco para que sejam dadas as condições de infraestrutura logística para que Rondônia possa fazer valer todo seu potencial econômico. Quando esses gargalos forem sanados o empresariado local precisa estar pronto para aproveitar todas as oportunidades do comércio exterior”, destacou ela.
Dênis Baú informou ainda que a ponte sobre o rio Abunã é uma das prioridades, junto com a hidrovia do Madeira, para viabilizar as exportações.
Fonte: Diário da Amazônia
Nenhum comentário:
Postar um comentário