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A LLX Logística anunciará em setembro o nome da montadora de motores, bombas e compressores a diesel que irá se instalar na área industrial do Superporto do Açu. “Pelo fato de o estaleiro OSX ser um grande montador de navios gigantes, que dependente de vários componentes, vamos induzir essa indústria”, afirma o empresário Eike Batista.
Ele não revela o nome da empresa, adianta apenas que é de origem alemã. Segundo Batista, a companhia venceu concorrência no valor de US$ 1,1 bilhão em fornecimento de motores para as empresas do grupo EBX que irão ocupar o Açu (MPX, OGX e OSX). “Dissemos que, se quisessem ganhar essa encomenda, teriam de ter fábrica no Açu”, diz Eike.
Será a primeira indústria do polo metal-mecânico do Açu, espaço criado pela LLX para atender a demanda por equipamentos do complexo. Segundo a companhia, 60 empresas negociam ocupar partes dos blocos industriais do Açu (automotivo, metalmecânico, mineração, naval, siderurgia e tecnologia). “Se pensarmos em um shopping Center com várias lojas, estamos na fase de negociação com os clientes-âncoras”, compara o diretor financeiro Leonardo Gadelha.
A LLX pretende arrebanhar novos integrantes para o complexo até o final deste ano. Entre eles, uma montadora de automóveis e duas fábricas de cimento com capacidade de produção entre 6 e 8 milhões de toneladas anuais.
O complexo prevê atrair US$ 40 bilhões em aportes de fábricas a partir de 2012, quando começará a operar, após R$ 3,4 bilhões já investidos pela EBX na construção do Açu. A LLX MinasRio coloca R$ 1 bilhão para movimentar minério de ferro da Anglo American no terminal TX1. A capacidade será de 350 milhões de toneladas de carga, expansível em mais 100 milhões no píer de 3 km de extensão e profundidade de 10,5 a 25 metros, capaz de receber navios do tipo Chinamax, os maiores cargueiros e operação nos oceanos, que podem transportar até 400 mil toneladas. O TX1 vai operar também 1,2 milhão de barris de petróleo da OGX por dia. “Já trabalhamos com a previsão de 2,5 mil barris/dia”, diz o presidente da LLX, Otávio Lazcano. Ele calcula que o movimento de barris pode atingir de 6 milhões a 7 milhões diários no raio de 150 km que separa o porto das bacias de Campos e de Santos. “O Açu é o quintal do pré-sal”.
A LLX já concluiu a remodelação do projeto inicial do Açu para incluir o terminal TX2. A ampliação de R$ 2,4 bilhões nos recursos a serem aplicados foi definida após a decisão da OSX de migrar para o norte fluminense. A mudança ocorreu após protestos de ambientalistas de Santa Catarina, em 2010, pela preservação do reduto de golfinhos na região de Biguaçu — área pleiteada pelo estaleiro. A LLX negocia agora a contratação de movimentadores de carga para terceira a operação do TX2 a ser usada
por indústrias do complexo.
Gasoduto de US$ 1,5 bi
As primeiras empresas ancoradas no Açu foram siderúrgicas — a chinesa Wisco e a argentina Techint. O estaleiro terá capacidade de transformar 180 mil toneladas por ano de chapas grossas de aço em navios-plataformas para a OGX. Em parceria com a Hyundai que permite nacionalizar tecnologia, o OSX produzirá 44 das 48 unidades de exploração de óleo e gás da OGX. O pacote de encomendas entre as empresas soma US$ 30 bilhões.
A Wisco e a Techint foram atraídas pela oferta de minério da Anglo e da MMX no Açu, além dos 5,4 megawatts oferecidos pela MPX a custo 30% mais baixo que o do mercado. O consumo das siderúrgicas patrocinará a construção do gasoduto de 350 km que a OGX estenderá do poço Waimea (Bacia de Santos) até o Açu. O duto custará US$ 1,5 bilhão. “Vamos fornecer gás para as siderúrgicas, que vão consumir 7 milhões de metros cúbicos, permitindo fazer o pipeline (gasoduto)”, diz Eike Batista.
Fonte: Brasil Econômico
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