segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Logística e modernização: elementos fundamentais para a distribuição no Brasil


O setor de distribuição viveu muitos anos sob a cultura de que logística eficiente é aquela que coloca mais rapidamente os veículos na rua para entrega. Isso porque o perfil da carga era composto basicamente de caixas fechadas ou embalagens de fácil identificação e manuseio. A distribuição era toda focada no produto, não havendo preocupação específica com o processo. Na rua, os motoristas e seus ajudantes separavam os pedidos na porta do cliente, localizando os produtos da nota fiscal em meio à carga.
Nos últimos anos, o Brasil passou por diversas mudanças econômicas que fizeram com que o mercado distribuidor alterasse o seu comportamento, assim como o perfil de carga. Os pedidos passaram a ser menores e mais frequentes, provocando o que chamamos de “fracionamento” da carga, ou seja, embalagens de menor volume e em menores quantidades.

Este novo perfil de operação tornou impraticável o processo logístico utilizado até então, pois localizar e montar os pedidos na porta dos clientes passou a ser muito mais demorado e sujeito a erros. Sem falar nos riscos que antes não eram tão comuns quanto hoje, como: roubo de carga, avaria de produtos durante a manipulação e a péssima qualidade da entrega sob o olhar do cliente.

O nível de exigência das indústrias é outro ponto que contribui para a modernização do setor. Hoje, a indústria valoriza o distribuidor que vai para rua com todas as entregas embaladas, conferidas (eletronicamente), identificadas e organizadas pela ordem de entrega. Isso certamente representa um esforço e tempo internos maiores dos distribuidores, porém, o trabalho é revertido em qualidade e eficiência do serviço externo.

Para que tudo ocorra de forma ágil e segura, todo o processo é integrado a sistemas logísticos inteligentes, que garantem maior controle e consolidação do trabalho de distribuição, reunindo os diferentes volumes (fracionados e caixas) antes do embarque.

Com isso, o veículo sairá com as entregas perfeitamente organizadas e identificadas, dobrando a produtividade, reduzindo drasticamente erros e avarias e multiplicando a qualidade de serviço percebida pelo cliente.

Para efetivar tais processos é preciso respeitar as instalações físicas da empresa, tipo de produto, perfil de equipe e frota. Para cada cenário há diferentes soluções tecnológicas e logísticas. Tudo é uma questão de encontrar o modelo adequado às necessidades de cada distribuidor.

Desta forma, todos os investimentos serão focados no aprimoramento do processo logístico e a modernização do setor de distribuição. Tais elementos, em perfeita sintonia, só poderão resultar em operações bem sucedidas e a constante profissionalização do setor.


Fonte: Rafael Rojas Filho - é diretor da Target Sistemas

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A nova lei do caminhoneiro



Os motoristas autônomos e de transportadoras gaúchas são contrários à nova lei do caminhoneiro, pois, devido à distância dos grandes centros de consumo, a jornada de 8 horas de trabalho vai obrigá-los a parar no retorno perto de suas casas, dormir na boleia e aumentar os gastos, além de ficarem parados durante 11 horas em locais inseguros sob pena de serem multados e perderem a carteira, escreve o presidente do Sinplast, Edilson Deitos. E pergunta: será que seus criadores realizaram o percurso, pararam no meio do caminho durante 11 horas, pernoitaram no carro em um pátio de posto de beira de estrada e usufruíram das instalações sanitárias, estando a menos de 4 horas do local de destino, antes de aprovar a lei?


O aumento do frete

O maior prejudicado com a lei dos motoristas, segundo o presidente do Sinplast, será a indústria gaúcha (a plástica incluída) devido ao aumento de custo do frete, estimado em mais de 30%. No Brasil, este aumento será de 14%, ou R$ 28 bilhões para 2013, ano em que o governo está preocupado com a inflação.

Fonte: Jornal do Comércio



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