O atual modelo de concessão vigente no setor nacional de transporte
ferroviário de carga induz as empresas
a investirem muito em material rodante e pouco
na construção de novas linhas férreas. É o que acusa estudo do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) segundo o qual houve queda da
condução de carga via trem no Brasil entre os anos de 2008 e 2010 (de 19,90%
para 19,49%). Já o modal rodoviário ampliou sua fatia na matriz de transporte
brasileira. Maurício Lima, do Ilos, observa que
as concessionárias só conseguem recuperar o dinheiro que colocam em novos trens
e vagões. Eventuais ferrovias por elas construídas se tornam propriedade do
governo ao fim da concessão. Rodrigo Vilaça, diretor-executivo da Associação
Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), frisa que as empresas têm
obrigação de recuperar e manter as linhas já existentes, mas não a de abrir
novas. O levantamento do Ilos informa ainda que o Brasil
teve em 2010 o total de R$ 391 bilhões em custos logísticos, 10,6% de seu
Produto Interno Bruto (PIB). Os Estados Unidos gastaram o equivalente a R$ 2,08
trilhões com este item no mesmo período, 7,7% do PIB americano. Se o País
tivesse uma matriz de transportes semelhante à dos EUA (que privilegia ferrovias, não
rodovias), economizaria R$ 90 bilhões ao ano.Neste domingo
começou nos EUA a maior feira metroferroviária daquele país, que pela primeira
vez conta com um pavilhão brasileiro.
Fonte: DCI.com.br
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