A Sunoco Inc. pretende vender sua divisão de refinaria de petróleo, e iniciou um estudo abrangente para definir como maximizar o potencial dos seus setores de logística e varejo.
A empresa iniciou o processo de venda de suas refinarias na Filadélfia e na cidade de Marcus Hook, Pensilvânia, mas deixará ociosas suas principais instalações de processamento em julho de 2012 se até lá não conseguir implementar um negócio viável.
"Progredimos no aumento da eficiência das nossas refinarias nós últimos anos, mas dado o desempenho financeiro inaceitável desses ativos, é bem claro que para o melhor interesse dos acionistas é melhor sair dessa área e nos concentrarmos nas nossas lucrativas divisões de varejo e logística", disse a presidente Lynn L. Elsenhans.
No terceiro trimestre a Sunoco vai contabilizar uma despesa antes de impostos de US $ 1,9 bilhões a US$ 2,2 bilhões com problemas técnicos nas instalações e no equipamento das refinarias. Se as unidades de processamento ficarem ociosas, pode haver outros prejuízos de até US$ 500 milhões antes dos impostos. Uma vez que as refinarias sejam vendidas ou fiquem ociosas, a empresa espera liquidar seus estoques de petróleo bruto e produtos refinados, obtendo um lucro estimado de USS $ 2 bilhões antes dos impostos, a preços atuais de mercado.
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A empresa contratou a Credit Suisse Securities (EUA) LLC para assessorá-la nas análises.
Em agosto a Sunoco divulgou prejuízo no segundo trimestre, devido às fracas receitas de refino e uma grande baixa contábil causada pela venda da sua fábrica de produtos químicos em Filadélfia. É o segundo trimestre consecutivo em que a Sunoco se torna a única refinaria dos Estados Unidos a divulgar prejuízos líquidos.
A maioria das refinarias americanas teve lucros maiores este ano, pois a diferença crescente de preços entre dois tipos de óleo cru ajuda a aumentar as margens da indústria petrolífera. Mas a Sunoco perdeu a chance de aproveitar esse benefício inesperado no primeiro trimestre, devido a paralisações generalizadas em suas refinarias.
Os lucros nos negócios de varejo da Sunoco caíram 5,5% em relação ao mesmo período do ano passado sem contar um litígio favorável de 2010, prejudicados por um aumento das tarifas de cartões de crédito. Mas os lucros saltaram 80% na divisão de logística, devido ao maior volume de petróleo bruto e as receitas de aquisições recentes.
As agências de classificação de crédito Standard & Poor's, Fitch Ratings e Moody's Investors Service rebaixaram recentemente a Sunoco, colocando a empresa no primeiro degrau de alto risco. A justificativa das agências é que o desmembramento da divisão de coque siderúrgico SunCoke Energy Inc. prejudicou a diversificação dos negócios da Sunoco.
Fonte: Wall Street Journal
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