quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Atividade Logística Portuária na Baixada Santista: Avanços, Desafios e Perspectivas


A atividade logística portuária é sem dúvida o carro chefe do desenvolvimento e crescimento da região da baixada santista. Não só das cidades que margeiam o Porto, bem como as demais localidades que fornecem mão de obra, ou atraem empresas para lá, como o caso de São Vicente, por exemplo. Desafios como densidade demográfica, mobilidade urbana, delimitações de áreas, preservação ambiental, desemprego regional, infra-estrutura, falta de especialização de mão de obra, são assuntos diretamente ligados, e deverão ser entendidos pelas autoridades para soluções regionais, e nelas não poderá ser desconsiderada a atividade logística portuária. Ainda faltam algumas iniciativas no sentido de suporte a profissionalização e falta de especialização da mão de obra, são assuntos diretamente ligados, e deverão ser entendidos pelas autoridades para soluções regionais, e nelas não poderá ser desconsiderada a atividade logística portuária. É preciso aceitar que os tempos são outros, e adequar-se as tendência é necessário, pois as coisas mudam, é rápido. Fechamento do circuito em torno de uma preservação de direitos e válida, porém dependendo da forma como é conduzida dará espaço para outros modelos, e efetiva perda de oportunidades – perdem os profissionais da região, perdem as empresas. Devemos reivindicar nossos direitos, e lutar pela preservação de nossas atividades, e não dá para fazê-lo à moda antiga. Gente competente executando processos, mas com dificuldades para liderá-los. Há uma demanda enorme de profissionais com conhecimento técnico e visão holística, no perfil de gestão, principalmente no nível operacional, por conta da adoção de modernos conceitos de logística, que precisam ser compreendidos. Um exemplo são as novas configurações de prestação de serviços de terminais e armadores que ofertam pacotes de serviços com soluções exclusivas de acordo com os perfis de seus clientes, conceitos incorporados de modelos já funcionais em outros segmentos da logística. Cada vez mais temos um afunilamento, onde só serão atrativas as empresas que ofertarem soluções incorporadas a uma atividade, quer seja o transporte quer seja serviços de terminais ou outros, e é isso que os clientes esperam. No nível estratégico-tático, já são observadas migrações de profissionais de diversas localidades para a região, ou ocupando postos importantes em algumas empresas que operam na região. Nas operações, burocracia documental, erros processuais, agendamentos, filas enormes nos terminais e uma quantidade similar de cargas que deveriam estar só de passagem, sendo armazenadas. As empresas de transportes atualmente, quase ou nenhuma tem aproveitamento de duas viagens/dia em trajetos curtos; quem paga esta conta? Considerando a mercadoria liberada no terminal, os trâmites documentais, atendimento aos planos de gerenciamento de riscos, agendamento, retirada de vazios, escoltas, etc. consomem mais tempo que muitos percursos a serem percorridos para entrega efetiva da mercadoria. Sem falar nos casos extremos em que a mercadoria não é liberada por conta de documentação errada. Uma melhor ordenação nos processos operacionais poderiam economizar milhões, se houvesse uma sinergia dos processos operacional , em conformidade com as partes envolvidas, certamente além da economia, performance seria aumentada. Temos novos terminais a serem inaugurados breve, segundo estimativas irão aumentar em 50% a capacidade do transporte de contêineres no porto, mas se os modelos de trabalhos forem os mesmos, pouco amenizam.

Publicado originalmente por mim na Revista Santos Modal - Abril/2011 - Edição Impressa - www.santosmodal.com.br, e no Site Oficial do Porto de Santos - www.portodesantos.com.br em 01/05/2011.

Prof. Palmério Gusmão
Especialista em Logística Empresarial
email: ppalmerio1@hotmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...