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As vendas no comércio eletrônico crescem a cada ano, e o varejo, de uma maneira geral, tem divulgado investimentos para suas operações, os quais passam pela diversificação do sortimento, construção de depósitos para armazenamento dos produtos, além da implantação de novas tecnologias. No entanto, a poucos meses do Natal, a data mais importante do comércio, essas companhias têm um desafio pela f rente: acertar o passo com as transportadoras. Para os varejistas, as empresas de entrega não têm conseguido acompanhar o crescimento do e-commerce.
Este ano o Walmart espera aumento de 60% nas vendas realizadas pela web e para evitar problemas de entrega pretende ampl iar o número de transportadoras com as quais a companhia trabalha. O grupo Pão de Açúcar, por sua vez, tenta encontrar maneiras para que as empresas de entrega se tornem mais eficientes. Para a varejista, uma das soluções seria o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) criar linhas de crédito para que as transportadoras possam aplicar em expansão. Enquanto isso, as duas redes de supermercados investem em novos centros de distribuição para sustentar suas operações virtuais.Recentemente, o Walmart inaugurou mais um depósito em Minas Gerais e o Pão de Açúcar abriu uma unidade no Rio de Janeiro e outra em São Paulo.
No entanto, para a diretora de inteligência de mercado do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), Maria Fernanda Hijjar, os varejistas também têm sua parcela de culpa. “O gargalo da logística não é um problema só das transportadoras. O varejista precisa realizar uma previsão correta de entregas e fechar com antecedência um contrato com as empresas responsáveis pelo transporte, o que nem sempre acontece”. A cada dia o varejo virtual confirma sua importância e mostra que não deve ser deixado de lado.
Dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) mostram que de janeiro a junho deste ano, as venda s do comércio eletrônico cresceram 15,7% em relação ao mesmo período de 2010. Enquanto isso, nas lojas físicas as vendas caíram 0,7%.
Problemas
As dificuldades enfrentadas pelo comércio eletrônico brasileiro ficaram evidentes a partir do final do ano passado, quando algumas companhias tiveram problemas relacionados a entrega. A B2W, formada por Americanas.com e Submarino, chegou a
ser proibida de vender seus produtos no Rio de Janeiro. “O principal problema alegado pelos clientes é que a B2W vende e não entrega ou vende e não troca o produto”, diz Carlos Andrezano, promotor de justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro. A companhia assinou um termo de ajustamento de conduta. Caso ele seja descumprido, a
B2W terá de pagar multa diária de R$ 1 mil.
Varejo tradicional
Quem também enfrentou problemas no Rio de Janeiro, mas nas lojas físicas, foi o Ponto Frio, bandeira do grupo Pão de Açúcar. Na semana passada, o Ministério Público executou uma liminar contra a empresa por conta de problemas na entrega de produtos. “Uma reclamação comum tem sido a entrega de parte do produto. Por exemplo: o
móveis chegam com gavetas, mas sem portas e vice-versa”, diz Andrezano.
Caso a justiça considere a companhia culpada, a multa a ser paga pode chegar a R$ 50 milhões, segundo o promotor. Ele afirma que desde dezembro do ano passado, 58 reclamações relativas ao Ponto Frio chegaram ao Ministério Público. De acordo com Andrezano, para todas elas, o Ponto Frio alegou problemas com logística.
Fonte: Brasil Econômico
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