
A logística foi o fator determinante para que a V&M e a Sumitomo trouxessem para o Brasil o investimento de R$ 5 bilhões na construção do complexo siderúrgico VSB, voltado para a fabricação de tubos de aço Premium sem costura em Jeceaba (MG). Na seleção do país para abrigar o projeto, a candidatura brasileira superou concorrentes fortes na área de siderurgia, como a China e a Índia.
Segundo o diretor-geral da VSB, Tancredo Martins, a proximidade do complexo siderúrgico da V&M instalado Minas Gerais fez a diferença. “É importante ressaltar que a VSB também utilizará minério de ferro e carvão vegetal oriundos da VMMN (V&M Mineração) e VMFL (V&M Florestal)”, salientou.
Outra vantagem foi poder contar com expertise da V&M Brasil para a realização do treinamento das equipes empregadas para trabalhar na VSB. O projeto prevê a utilização de 1.600 funcionários e 2.000 terceirizados na operação da fábrica.
A parceria com a Sumitomo, responsável pelo projeto, viabilizou a utilização pioneira na América Latina do equipamento Consteel, que aumenta o controle sobre o processo de fusão do aço, otimizando o consumo de energia e reduzindo o emissão de ruído e particulados.
Martins destacou que alguns equipamentos e processos foram desenvolvidos em conjunto pelos sócios. “A Sumitomo Metals e o Grupo Vallourec já eram parceiros em projetos de P&D há mais de 30 anos no desenvolvimento de conexões premium para o setor de óleo e gás”, contou.
Entre os destaques do projeto está a utilização de um sistema de laminação especial (Premium Quality Finishing), que inclui o maior forno rotativo de aquecimento do mundo e um laminador calibrador com 12 caldeiras.
A VSB fabricará produtos tubulares petrolíferos OCTG (Oil Country Tubular Goods) sem costura em aços carbono e em aços baixa liga, usados na perfuração, no revestimento de poços (casing) e tubos para gasodutos e oleodutos offshore. Os tubos serão produzidos conforme especificações API 5CT e API 5L.
Inaugurada no dia 1° de setembro, a VSB foi projetada para atender o mercado internacional de óleo e gás, em especial o mercado africano. A unidade tem capacidade para produzir 600 mil t de tubos por ano.
Fonte: Energia Hoje
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