sexta-feira, 31 de julho de 2009
Empresas varejistas investem em logística para obter redução no custo do produto ao cliente
Outro fator considerado peça chave para essa modernização foi a implementação de novas tecnologias. Sem essa atualização não seria possível prosseguir com o desenvolvimento das transações comerciais realizadas em nível nacional. As empresas varejistas mato-grossenses acompanham essa realidade, como é o caso do grupo Todimo, empresas para materiais de construção, com 14 lojas espalhadas pelo Mato Grosso e Paraná.
A Todimo está há 26 anos no mercado e dispõe de dois CDs, nas cidades de Cuiabá (MT) e Londrina (PR), ambos operando de forma digital on-line com os pontos de venda. Ou seja, através da tecnologia wireless, o sistema de expedição e recebimento de produtos é automatizado. Com carga e descarga simultânea, garante ainda redução de custos, armazenamento em condições adequadas, agilidade e segurança ao processo de descarga, estocagem e entrega do produto.
Na visão do gerente de logística da Todimo, Paulo Zanolli, toda essa informatização agregada ao trabalho humano traz agilidade e confiabilidade nos diferentes processos executados nos CDs. "Disponibilizamos produtos nos mais diversos pontos geográficos em que atuamos, de forma a satisfazer nossa demanda a um custo logpistico que viabilize o preço de nossos produtos para os clientes", revelou.
De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Logística (Aslog), Altamiro Borges Júnior, justamente essa visão, do custo total que esta ação vai gerar, deve ser o primeiro passo para os empresários melhorarem a performance dos negócios. "Sabendo equacionar todas as etapas envolvidas nesse processo, desde o pedido feito ao fornecedor até a venda ao cliente, sem dúvidas conseguirão reduzir o seu custo final", aconselhou.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Problema, sim. Desespero, não
Ah, se houvesse como deixar os problemas pessoais em casa...Já pensou? "Fique aqui, problema que, tão logo eu termine meus compromissos, prometo voltar a sofrer com toda a intensidade merecida." Infelismente a realidade é outra: pesquisa realizada pela Health Promotion and Substance Abuse Prebention, agência governamental norte-americana dedicada à prevenção da saúde mental, mostra que 70% dos funcionários que enfrentam problemas pessoais não conseguem deixá-los em casa quando saem para trabalhar. Se esse é o seu caso, saiba que nem tudo está perdido. Especialistas em trabalho e comportamento sugerem algumas atitudes que podem ajudá-lo a conciliar a vida dentro e fora da empresa, sem permitir que as dificuldades pessoais façam estragos na carreira. O primeiro é assumir que você não é super-herói. "Pouquíssimas pessoas não deixam que nada abale o seu trabalho", diz Nivaldo Dutra, diretor de recursos humanos da Unitech, empresa de tecnologia da informação co m cerca de 1200 funcionários e sede em Salvador (BA). O melhor, segundo ele, é criar uma relação do tipo "conta corrente" com a organização em que você trabalha. Qdo o funcionário está bem e a empresa precisa, ele trabalha algumas horas a mais. Qdo é ele que precisa de mais tempo para seus problemas pessoais, o chefe trata de liberá-lo. "Não há outra saída. É uma estrada de mão dupla e imprevistos sempre acontecem, tanto de um lado quanto de outro." Ponto pacífico para diretores de RH, consultores e psicólogos é que a organização precisa saber que o funcionário está enfrentando uma dificuldade pessoal. Tanto para ajudá-lo quanto para impedir que a situação prejudique a companhia. "O funcionário precisa entender que seu superior vai ser cobrado caso as metas não sejam atingidas. Ele precisa dividir o problema, para que o chefe monte uma estratégia para cobrir sua ausência ou queda na produtividade, mesma que seja eventual", diz o consultor Wilson Mileris, que atua há 23 anos na área de motivação e liderança. Foi exatamente o que fez a paulista Mônica Bianchi, de 38 anos, coordenadora de marketing da Sab Company, em São Paulo. Há cerca de dois anos, ela descobriu que a mãe sofria da Doença de Graves, disfunção na tireóide, que, com o passar do tempo, afetou a visão, o coração e o sistema motor. A radioterapia e os medicamentos acabaram enfraquecendo o sistema imunológico e, com isso, surgiram novos problemas de saúde, como pneumonia.
Quando tudo isso aconteceu, Mônica tinha acabado de trocar de área e ocupava o cargo de analista de marketing. "Íamos constantemente ao médico e havia tbm as internações. Várias vezes tive de adiar compromissos, desmarcar reuniões, cancelar a apresentação de projetos", lembra. "Mas contei logo no início o que se passava comigo e tive sorte. Aqui na empresa, trabalhamos o tempo todo em conjunto, tem sempre alguém que participa do que estou fazendo e pode me representar. Desde o começo, foi isso que me amparou." Mônica teve apoio, mas tbm fez a parte dela. Quando precisava se ausentar, acompanhava o trabalho através de telefonemas e, quando necessário, acessava a internet no hospital, para dar andamento a algum projeto. "Eu me sentia comprometida e não queria deixar ninguém na mão". Ao voltar ela encontrava um acúmulo natural de trabalho, mas a empresa nunca exigiu que compensasse os dias que se ausentou.
Antes de dividir os problemas com o chefe e os colegas, como fez Mônica, é preciso pesar algumas coisas. Em primeiro lugar, tente deixar a emoção de lado por alguns momentos e responda: a situação é mesmo séria? Nem pense em se lamentar na sala do chefe toda vez que discutir com o marido ou esposa. "Quem vive pelos cantos chorando suas pitangas acaba taxado de funcionário-problema e corre o risco de ser escanteado na hora da formação de grupos de trabalho", diz Wilson Mileris. Caso a dificuldade que vc enfrenta seja realmente grave, avalie se pode confiar no seu superior antes de pedir a colaboração dele. "Em algumas empresas, ainda há aqueles que vêem os problemas pessoais do funcionário com um certo preconceito. Quem não confia no chefe, não deve falar com ele", diz a psicóloga Júnia Ferreira, especialista em medicina comportamental, da Escola Paulista de Medicina (Unifesp). "Em casos assim, o superior só deve ser comunicado se for necessário alterar a rotina de trabalho." Seja qual for a postura da empresa, é importante que você busque também apoio fora do escritório. "Dependendo do caso, o ideal é contar com acompanhamento médico ou psicológico", diz Júnia. Ela recomenda, ainda, que você procure o apoio dos amigos e pratique um esporte ou uma atividade como meditação ou ioga. Isso não vai resolver o problema, mas vai ajudá-lo a recarregar as energias e enxergar as coisas sob outra perspectiva. "Esse afastamento ajuda a ver a situação com mais clareza e, quem sabe, encontrar uma solução", diz Nivaldo Dutra.
MANTENHA O CONTROLE
Veja como lidar com seus problemas pessoais na empresa:
*Evite falar demais e fazer-se de "coitadinho". Divida seus problemas com o menor número possível de pessoas no trabalho.
*Se possível, receba e faça telefonemas pessoais no celular, no horário do almoço ou nos intervalos para o café.
*Salvo em casos como morte, tenha um plano B: conte com alguém que possa ajudá-lo em tarefas domésticas ou que leve seu filho ao médico no dia em que vc não puder.
*Comunique ao chefe se precisar alterar sua rotina de trabalho, para que ele não interprete sua ausência ou falta de concentração como falta de comprometimento.
*Verifique se a empresa oferece algum tipo de auxílio para os funcionários com problemas pessoais e busque ajuda.
*Se vc não está conseguindo lidar sozinho com seus problemas, uma ajuda profissional é sempre bem-vinda.
*Doenças ou morte de parentes
América Latina Logística lança programa de trainee
Não há limite de vagas, e as mesmas são direcionadas a graduados ou pós-graduados em qualquer habilitação nos anos letivos entre dezembro de 2006 e de 2008, que possuam inglês fluente, domínio das ferramentas de informática e disponibilidade de mudanças para outras cidades.
Além de um salário compatível com o mercado, a ALL oferece assistência médica e odontológica, vales-transportes e alimentação, seguro de vida e participação nos resultados.
Os trainees poderão atuar em diversas áreas da companhia, como projetos logísticos, operações, jurídico, comercial, marketing, gente, financeiro, tecnologia da informação e meio ambiente.
As etapas envolvem provas online, dinâmicas de grupo, entrevistas com a área de recursos humanos, além da etapa final com o presidente e diretores da empresa.
O programa tem duração de 12 meses. Até o término, os participantes deverão apresentar seu projeto, inédito, constituindo-se em uma ação inovadora ou melhoria, de impacto positivo no negócio da companhia.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Simpósio de Logística discute ações para melhorar gestão ambiental e diminuir custo do transporte
De acordo com o mestre em proteção ambiental da Universidade de São Paulo (USP) e diretor de operações da Alpina Briggs, Dante Pozzi Neto, o Porto de Paranaguá é um dos pioneiros no fomento de políticas e diretrizes em gestão ambiental. " O modelo de gestão adotado no Paraná visa harmonizar a atividade portuária com as diretrizes ambientais, garantindo a conformidade legal de todas as operações desenvolvidas no ambiente portuário. O modelo pretende integrar as comunidades do entorno, levando mais conhecimento sócio ambiental estas comunidades à população", explicou.
"O principal benefício destes trabalhos de gestão, coordenados pela Alpina Briggs, é a melhoria da qualidade ambiental da poligonal portuária. Isso envolve o gerenciamento de resíduos, o controle de pragas, zoonoses e atendimentos emergenciais ambientais. Este é o principal ganho. Para a comunidade, estas melhorias serão vistas a médio e longo prazo. Temos projeto de socioeducação junto às comunidades da região e de cursos profissionalizantes, que vão permitir trabalhar mais diretamente na proteção ambiental", frizou Pozzi Neto.
O secretário de estado do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, destacou a importância da integração de ações ambientais na área portuária. "80% do que é produzido no mundo é transportado pelos mares. Os problemas ambientais são muitos, envolvem uma série de questões nacionais e internacionais. É preciso pensar em soluções a longo prazo. Em um acidente ambiental, por exemplo, é fundamental uma organização rápida por parte das autoridades", disse o secretário.
Rasca afirmou que o dinamismo e o crescimento constante do Porto faz com que o foco seja estendido do mercado financeiro ao meio ambiente. "Em 2007 o governo do Paraná o Centro Integrado de Operaçõs Ambientais, que monitora diariamente o litoral. Estamos realizando simulações de vazamentos de óleo, para que se um dia isso aconteça não sejamos surpreendidos. Foi criado um grupo de trabalho para definir o modelo de dragagem do Canal da Calheta, o único acesso marítimo de navios aos portos".
TRANSPORTES - O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, frizou a necessidade de diminuir o consumo de energia no transporte. "A ferrovia entra nesta política de sustentabilidade e gestão ambiental que o Governo do Paraná busca. No Brasil foram adotadas medidas paliativas, que não resolverão o problema do gargalo logístico. A ferrovia, além de consumir cinco vezes menos energia, transporta pelos menos o triplo da quantidade de carga que um caminhão", disse.
Segundo Gomes, a redução das tarifas de transporte promovida pela construção de ferrovias expande o processo de industrialização para o interior do estado e estimula o desenvolvimento de regiões de baixo Índice de Desesnvolvimento Humano. "O Paraná fez um esforço que nenhum outro estado do Brasil fez, visando o desenvolvimento do interior do estado, o oeste e desenvolver o transporte", falou.
"O governador Roberto Requião sabe que a construção de ferrovias é uma medida que trará resultados a longo prazo. Aqui, hoje, dizemos não ao monopólio privado. As ferrovias não devem estar sujeitas a empresas privadas, é fundamental a preservação da ferrovia pública", completou o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes.
SIMPÓSIO - O evento reuniu até quinta-feira (23) especialistas e estudantes universitários em discussões sobre a importância regional dos portos paranaenses no desenvolvimento do estado, a gestão integrada de bacias costeiras, reciclagem de resíduos, planos de contingência para acidentes com petroquímicos e a responsabilidade socioambiental das organizações portuárias. A organização é dos departamentos de Administração e Ciências Biológicas da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (Unespar/Fafipar).
terça-feira, 21 de julho de 2009
De Lucas a Santos
O modal misto inaugurado pela Sadia é o início de uma nova logística. Mato Grosso deixa de escoar apenas grãos pelos trilhos e passa a embarcar produtos industrializados, que neste primeiro momento, dá espaço aos contêiners refrigerados. "O objetivo é ampliar o mix de produtos, desde congelados a outros industrializados", informa o assessor econômico da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Carlos Vitor Timo Ribeiro. E completa: "Não há dúvidas de que esse primeiro embarque é um marco para logística estadual e como sempre estamos dizendo, o Mato Grosso vive sua segunda fase no processo de industrialização, tansformando a proteína vegetal - os grãos - em proteína animal, por meio das exportações de carne".
O novo modal está sendo possível após a implantação, por parte da concessionária dos trilhos, a América Latina Logística (ALL), do primeiro terminal de contêineres no Centro Oeste, edificado em Alto Taquari (479 km ao sul de Cuiabá) que permite a movimentação ferroviária inédita de frigorificados rumo ao porto de Santos. O terminal Intermodal de Contêineres de Alto Taquari recebeu R$ 35 milhões em investimentos, fruto de parceria entre a ALL e a Standard Logística.
Os primeiros 28 contêineres refrigerados são estufados na planta da Sadia, em Lucas do Rio Verde, de onde seguem por caminhão até o terminal, em uma operação intermodal integrada.
"Estamos lançando um modal concorrencial, capaz de reduzir o custo do frete entre 10% e 20%. Calculamos que chegaremos rapidamente a 2 mil contêineres", afirma o presidente da Standart Logística, José Luis Demeterco Neto.
Como observa Timo Ribeiro, os investimentos da ALL e da Standart, "provam que existe mercado rentável para esse tipo de serviço em Mato Grosso".
SADIA - Os detalhes do embarque dos cortes não puderam ser prestados pela Sadia, em função do período pós fusão com a Perdigão. Como informou a assessoria da Sadia, em São Paulo, a nova empresa que surge desta união, a Brasil Foods, está na iminência de lançar ações no mercado, entre o final deste mês e início de agosto e por isso, o "momento é de silêncio".
LOGÍSTICA - Com capacidade para movimentação de contêineres frigorificados e cargas secas, como algodão e couro, a estrutura possibilita, pela primeira vez, a movimentação ferroviária de contêineres do Centro Oeste em direção ao maior porto do país.
A estimativa é de que nos primeiros três meses, o terminal atingirá um volume total de 600 contêineres/mês, podendo chegar a 3 mil contêineres/mês nos próximos anos. Na semana passada, os 28 contêineres deixaram o porto de Santos em direção a Alto Taquari.
A operação é considerada de modal misto, já que a carga segue cerca de 200 km de Lucas do Rio Verde até Alto Taquari de caminhão, modal rodoviário, até ser embarcada em vagões da ferrovia. A partir deste trecho, seguirá 900 km até Santos (SP).
"Em um ano, o terminal de Alto Taquari será o maior da ALL no segmento de contêineres. A movimentação é uma das que mais crescem no setor industrial, com aumento de 26% no ano passado e crescimento previsto de 150% em 2009", afirma o diretor de Industrializados da ALL, Sérgio Nahuz.
Somente este novo terminal responderá por 40% do volume total de contêineres. Atualmente, a companhia opera contêineres para os portos de Paranaguá, São Franscisco e Rio Grande. Com a nova estrutura, as cargas originadas no Centro Oeste, serão armazenadas e receberão reforço de frio no terminal de Alto Taquari, de onde seguem para Santos.
Atualmente, a ALL é uma das maiores operadoras de contêineres da América Latina, com volume previsto em mais de 120 mil TEUs para 2009.
O presidente em exercício da Fiemt, Jandir Milan, explica que enquanto a ferrovia não completa seu projeto original, chegando até Cuiabá, o modal misto - parte da carga transportada via rodovia e parte via estrada de ferro -, será sempre uma opção compatível quando o ponto de partida estiver a cerca de 400 km dos trilhos. "Nesta distância, há viabilidade e ganhos para o produtor, exportador e/ou industrial".